Os representantes das Polícias Autónomas, Polícias Locais, Polícia Nacional, Guarda Civil e Forças Armadas enviaram uma carta ao primeiro-ministro, Pedro Sánchez, em que alertam que a situação pode afetar a sua capacidade operacional.
Na missiva insistem, como já o tinham feito na semana passada, que todos os agentes devem ser considerados pessoal de alto risco durante a luta contra a pandemia.
Exigem ainda "a implementação imediata de medidas de proteção eficazes em termos de segurança e saúde no exercício da sua atividade, que é um serviço público essencial, como foi qualificado na declaração do estado de emergência" em que o país está desde 14 de março último.
Os representantes das forças de segurança sustentam que o seu direito a receber essa proteção eficaz "não está a ser respeitado, uma vez que habitualmente não lhes é fornecido o equipamento de proteção individual necessário ao cumprimento da sua missão", que implica um contacto direto com o público.
"Na verdade, sem contar com os possíveis infetados nas Forças Armadas, uma vez que não podem fornecer dados, há cerca de 9.000 pessoas pertencentes às forças de segurança que foram afetadas ou isoladas", sublinham.
Tendo isso em consideração, advertem que, "se não for adotada uma solução rápida e o número de infeções e isolamentos entre os agentes aumentarem, a capacidade operacional das forças de segurança e das Forças Armadas poderá ficar seriamente comprometida".
Para garantir a segurança, exigem que lhes seja fornecido imediatamente equipamento de proteção, que lhes sejam feitos testes rápidos para detetar a covid-19 e, por último, que os seus serviços sejam organizados corretamente.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 400 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 18.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.820 mortos em 69.176 casos.
Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 2.696 mortos em 39.673 infeções, o Irão, com 1.934 mortes num total de 24.811 casos, a França, com 1.100 mortes (22.300 casos), e os Estados Unidos, com cerca de 600 mortes (mais de 50.000 casos).