Covid-19: Residente na casa do Papa Francisco com teste positivo

Um funcionário da Secretaria de Estado do Vaticano e residente na casa do Papa Francisco está hospitalizado após acusar positivo no teste do novo coronavírus, pandemia que em Itália causou já 7.503 mortos, informou hoje "Il Messaggero".

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Lusa
25/03/2020 20:31 ‧ 25/03/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

O diário italiano adianta que este funcionário reside permanentemente no mesmo local onde vive o Papa Francisco, estando agora isolado e em tratamento como medida preventiva para evitar que contagie terceiros.

Segundo o "Il Messaggero", o estado de saúde do funcionário, cujo nome não foi revelado, não é, de momento, da maior gravidade.

Trata-se, assim, do quarto caso da covid-19 detetado no Vaticano.

O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, confirmou na terça-feira que "há quatro casos positivos" do novo coronavírus, pessoas que tinham sido isoladas antes de testarem positivo e que estão agora a ser acompanhadas em hospitais italianos e nas suas casas.

Face à pandemia, o Vaticano encerrou a Praça e a Basílica de São Pedro até 03 de abril, como medida de precaução perante a propagação do vírus.

O Papa Francisco tem celebrado missas e outras cerimónias religiosas por 'streaming' e suspendeu todas as audiências por prevenção.

O chefe de Estado do Vaticano, de 83 anos, foi submetido a uma operação cirúrgica quando era jovem na qual lhe foi extraída uma parte do pulmão, razão que o obriga a evitar ao máximo qualquer contacto pessoal.

Em 02 de março, o Papa foi submetido a um teste ao novo coronavírus, que deu negativo, depois de ter estado vários dias constipado.

As medidas cautelares perante a pandemia adotadas pelo Vaticano levaram também ao cancelamento da viagem que o Papa tinha previsto realizar a Malta em 31 de maio, tendo sido igualmente adiada de março para novembro o encontro que tinha programado com jovens economistas e empresários de todo o mundo na cidade italiana de Assis.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 450 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 20.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com cerca de 240.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 7.503 mortos em 74.386 casos registados até hoje.

 

 

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