O médico, Alejandro Passarelli, nascido na província de Río Negro, morreu às 21:00 (horário local) de quinta-feira (00:00em Lisboa) na clínica San Agustín, em Neuquén, confirmaram fontes deste centro.
As mesmas fontes adiantaram que o médico "esteve em viagem no estrangeiro", o que significa que não se tratou de transmissão local do vírus.
O seu diagnóstico foi difícil de determinar, já que, inicialmente, o teste foi negativo para infeção por coronavírus, mas quando o quadro clínico do homem piorou, foi feito um segundo exame, que apontou, finalmente, para uma situação positiva de infeção.
O médico tornou-se, assim, a 13ª. vítima de coronavírus no país, que detetou o seu primeiro infetado em 3 de março.
A média das idades das mortes conhecidas até agora - a primeira ocorreu em 7 de março - varia entre os 53 e 89 anos.
O Ministério da Saúde argentino adiantou hoje, em conferência de imprensa diária, que há uma equipa a trabalhar especificamente para analisar a situação epidemiológica, bem como estratégias de outros países para aprender "e pensar durante quanto tempo será necessário manter essas medidas".
"Este inverno vai ser diferente. Temos de começar a planear as medidas de isolamento social, as medidas de higiene das mãos, de higiene respiratória, que deverão ser mantidas no hemisfério sul. Temos todo o inverno para passar por outras infeções respiratórias" disse a secretária de Acesso à Saúde, Carla Vizzotti.
O número total de pessoas contaminadas com covid-19 no país é de 589, de acordo com o último relatório oficial do Ministério da Saúde, depois de adicionar 87 novos casos conhecidos na quinta-feira, a maioria na cidade (30) e na província de Buenos Aires (27)
Segundo o Ministério da Saúde, até agora a maioria dos 589 casos totais é importada, mas o início da transmissão comunitária foi identificado em Buenos Aires e na zona urbana e muito populosa de Chaco.
Face ao aumento de infeções, o Governo de Alberto Fernández, que, entre outras medidas, já decretou isolamentos preventivos e obrigatórios para a maioria da população entre a última sexta-feira e 31 de março, acelerou o reforço dos centros hospitalares para tratar doentes com o vírus.