O porta-voz da polícia Mohammed Akbar, na província de Takhar, disse que o homem foi morto na noite de terça-feira por "pessoas desconhecidas", quando estava a caminho do distrito de Dasht-e-Qala.
Akbar disse que o cidadão chinês, de apelido Li, viajou para um destino desconhecido com o seu intérprete e sem informar as autoridades de segurança. O intérprete não ficou ferido no incidente, segundo Akbar.
"A polícia iniciou a sua investigação inicial. Fiquem atentos para mais pormenores", acrescentou Akbar, sem fornecer mais informações.
Um grupo chamado Frente de Mobilização Nacional reivindicou a responsabilidade pelo assassínio e disse que os seus combatentes tinham como alvo o veículo do chinês.
O grupo alegou que Li estava a treinar os serviços secretos talibãs na monitorização das plataformas das redes sociais, sem apresentar provas.
Questionada sobre o incidente, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, disse hoje que não está familiarizada com o assunto.
"Acredito que a Embaixada da China no Afeganistão fará tudo o que estiver ao seu alcance para proteger a segurança dos cidadãos chineses e acompanharemos a situação", afirmou.
A China é de particular importância para os talibãs, que estão a cortejar o investimento estrangeiro e as alianças regionais no meio do seu contínuo isolamento na cena internacional devido à sua repressão contra as mulheres.
Em dezembro de 2022, a China instou os seus cidadãos a abandonarem o Afeganistão na sequência de um ataque coordenado por militantes do Estado Islâmico contra um hotel de propriedade chinesa no coração de Cabul.
As empresas chinesas, com o apoio de Pequim, têm procurado aproveitar as oportunidades de exploração dos vastos depósitos de recursos não desenvolvidos do Afeganistão, especialmente a mina de Mes Aynak, que se crê conter o maior depósito de cobre do mundo.
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