Com mais de 11 mil infetados e de 500 vítimas mortais já contabilizadas, a Bélgica, à semelhança do Velho Continente, trava um intenso duelo contra a propagação do novo coronavírus.
Neste país europeu os números continuam a subir de forma galopante e com a saturação de vários hospitais, a Sociedade Belga de Gerontologia e Geriatria enviou uma notificação para todos os responsáveis de saúde que exercem a sua profissão em lares da terceira idade.
Estes mesmos responsáveis têm a indicação para que, em caso de contágio, o respetivo idoso não seja transferido para nenhum estabelecimento hospitalar, mas para que seja privilegiada a administração de cuidados paliativos na residência onde se encontra.
A professora Nele Van Den Noortgate, do Hospital Universitário de Gante, em declarações reproduzidas pelo diário Soir, explicou que para este tipo de pacientes de idade mais avançada "não é possível fazer nada mais por eles em hospitais, do que proporcionar bons cuidados paliativos, que também podem ter nos lares. Levá-los ao hospital para que morram ali seria desumano".
A recomendação também é dirigida a doentes com Alzheimer, uma vez que pelo seu estado "clínico mais débil é provável que venham a morrer no decorrer do mesmo ano".
Van Den Noortgate assegurou que "neste tipo de pacientes, o tratamento hospitalar pode prolongar a vida, mas oferece poucas possibilidades de recuperação".