Medidas reduziram taxas de crescimento de casos na Irlanda

A Irlanda reduziu para metade a taxa de crescimento do número de pessoas infetadas com covid-19 graças às medidas de distanciamento social impostas pelas autoridades, afirmou um dos cientistas que aconselham o governo, Philip Nolan.

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Lusa
31/03/2020 11:38 ‧ 31/03/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

"As medidas que o Estado impôs e que a população realmente cumpriu muito, muito firmemente estão a ter um efeito enorme no número de casos reais que estamos a observar agora", afirmou o Presidente do Grupo Irlandês de Modelos Epidemiológicos. 

Na conferência de imprensa de segunda-feira à noite, foram confirmados 295 novos casos, totalizando 2.910, dos quais 54 pessoas morreram, mais nove do que no domingo. 

Porém, Nolan avisou que "não há espaço para complacência" e referiu que o impacto de algumas das medidas só será visível dentro de uma semana. 

"Conseguimos fazer cair o crescimento de 33% para 15%. Temos de reduzir para perto de zero para conseguirmos aguentar esta pandemia", vincou. 

Sem medidas, acrescentou Nolan, o número diário de casos estava estimado em 3.000 e a Irlanda teria 15.000 até ao final de março.

Desde 12 de março que as escolas públicas estão fechadas e, dois dias depois, o governo irlandês impôs o encerramento de 'pubs' e a proibição de festas, antecipando-se ao período das celebrações do dia nacional de São Patrício, a 17 de março.

Há uma semana, o governo decretou o encerramento de todos os estabelecimentos não essenciais, como teatros, bibliotecas ou ginásios.

Restaurantes e cafés só podem vender comida para fora ou fazer entregas, todos os eventos desportivos foram cancelados, ajuntamentos de mais de quatro pessoas ao ar livre estão proibidos e todas as viagens não essenciais são desencorajadas.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 750 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 36 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 148.500 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

 

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