"Lamento anunciar a primeira morte de um paciente com o novo coronavírus esta manhã; este homem de 49 anos já estava a sofrer de outras complicações médicas", disse o ministro da Saúde do Uganda, um país que já confirmou 19 casos positivos, incluindo vários viajantes estrangeiros e pessoas que estiverem em contacto com eles.
A Tanzânia já fechou todas as escolas e universidades para conter a pandemia da covid-19, e o parlamento começou a limitar hoje a duração das sessões e o número de deputados que nelas participam.
Ao contrário de outros líderes políticos, no entanto, o Presidente da Tanzânia, John Magufuli, tem desvalorizado a gravidade da pandemia, tendo dito, na semana passada, numa cerimónia religiosa, que não é preciso deixar de ir a igrejas ou mesquitas.
"É tempo de consolidar a nossa fé e continuar a rezar a Deus, em vez de depender de máscaras nos nossos rostos", disse então o chefe de Estado, citado pela agência France-Presse (AFP).
"Não deixem de ir a igrejas e mesquitas para orar; tenho a certeza de que é só o vento a soprar e [o vírus] vai desaparecer como outros já desapareceram", acrescentou, quando esteve numa igreja na capital, Dodoma.
"É uma pequena doença e nós vamos derrotá-la em nome de Deus", disse o chefe de Estado, muito criticado pela oposição por estas declarações.
No continente africano, já morreram 152 pessoas e registaram-se 4.871 casos da covid-19 em 46 países.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 750 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 36 mil.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.