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Guaidó convocado para declarações por tentativa de golpe de estado

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou hoje que convocou o líder opositor Juan Guaidó para prestar declarações pelo alegado envolvimento numa frustrada tentativa de golpe de Estado que incluiria o assassínio do Presidente Nicolás Maduro.

Guaidó convocado para declarações por tentativa de golpe de estado
Notícias ao Minuto

16:42 - 31/03/20 por Lusa

Mundo Venezuela

"Quero mostrar a notificação formal, feita a Juan Guaidó, recebida pelo seu chefe de segurança, ontem [segunda-feira] (...) para que compareça perante o procurador que tem este caso e responda às acusações feitas por um cidadão que está prófugo da justiça (...) Clíver Alcalá", disse.

A comparecência está marcada para quinta-feira, 02 de abril e tem a ver com declarações recentes do general reformado do Exército venezuelano Clíver Alcalá Cordones, em que relaciona Juan Guaidó com a compra de um carregamento de armas confiscadas pelas autoridades colombianas, para um golpe de estado na Venezuela.

Tarek William Saab, designado pela Assembleia Constituinte (composta unicamente por simpatizantes do regime) explicou que a notificação é o resultado de uma investigação iniciada na semana passada e que o ex-militar "confessou ter participado nos factos" que tinham como propósito "armar um grupo de terroristas" sob instruções diretas de Juan Guaidó, para "eliminar cirurgicamente objetivos previamente identificados".

Funcionários da Direção de Controlo Antidrogas (DEA, na sigla em inglês) dos EUA, detiveram, sexta-feira, em Barranquilla, Colômbia, o general reformado do Exército venezuelano Cliver Alcalá Cordones, acusado de narcotráfico pelas autoridades norte-americanas.

Alcalá Cordones, apresentou-se voluntariamente perante os agentes da Direção Nacional de Inteligência (serviços de informação) da Colômbia, para ser entregue às autoridades norte-americanas que na passada quinta-feira o acusaram de fazer parte de uma rede de narcotráfico com vários políticos e militares venezuelanos.

O Departamento de Justiça dos EUA ofereceu 10 milhões de dólares (9,11 milhões de euros) a quem desse informações que levasse à sua detenção.

Cordones, que colaborou com o falecido líder socialista Hugo Chávez [Presidente da Venezuela entre 1999 e 2013] no falhado golpe de Estado de fevereiro de 1992, ocupou vários cargos militares na Venezuela, passando depois a criticar o regime do Presidente Nicolás Maduro, radicando-se na Colômbia desde 2018.

Acusado pela oposição de ser um "agente duplo", afirmou recentemente estar a ser vítima de uma campanha de descrédito promovida pelo Governo venezuelano que acusa de "traidor".

Na passada sexta-feira, o Ministério Público da Venezuela anunciou que pediu à Colômbia que procedesse à sua detenção e extradição, um dia depois da abertura de uma investigação contra si e contra o líder da oposição, Juan Guaidó, por alegadamente estarem a preparar um golpe de estado contra Nicolás Maduro.

Entre as provas divulgadas pelo procurador-geral venezuelano está uma notícia da rádio colombiana WRádio, na qual o antigo militar afirmou que um carregamento de armas confiscado recentemente pelas autoridades da Colômbia, tinha como propósito uma operação contra Nicolás Maduro.

Sem oferecer provas, Clíver Alcalá Cordones disse ter sido contratado pelo líder opositor Juan Guaidó e assessores norte-americanos, para comprar armas para uma intervenção que afastaria Nicolás Maduro do poder.

Caracas acusa a Colômbia de ter oferecido o seu território e apoiado a conspiração.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou, quinta-feira, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e 13 pessoas do seu círculo de narcotráfico.

Segundo o Departamento de Justiça norte-americano, Maduro e os restantes arguidos são acusados de conspirar com rebeldes colombianos para "inundar os Estados Unidos de cocaína".

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