A decisão foi anunciada pelo Presidente peruano, Martin Vizcarra. Os homens só podem deixar as respetivas casas à segunda, quarta e sexta-feira, enquanto as mulheres apenas o poderão fazer à terça, quinta e sábado. E ninguém pode sair ao domingo.
"Ainda temos dez dias, vamos fazer um esforço extra para controlar esta doença", disse o Presidente durante uma conferência de imprensa.
A medida estará em vigor até 12 de abril, data prevista para o fim do período de confinamento que começou a 16 de março no país.
O Peru, na quinta-feira, tinha registado 55 mortos 1.414 casos confirmados de contaminação por covid-19. A primeira morte foi registada a 06 de março.
Vizcarra disse que a nova medida visa reduzir para metade o número de pessoas nas ruas, porque as restrições atuais não são suficientes. "As medidas de controlo [em vigor] deram resultados, mas não os que se esperavam", justificou.
Esta alternância entre homens e mulheres não se aplica a funcionários de serviços essenciais que operam durante uma emergência de saúde, mercados, bancos, farmácias e hospitais.
Vizcarra enfatizou que os soldados e polícias que patrulham as ruas devem, nessas circunstâncias particulares, respeitar os transexuais. "As forças armadas e a polícia são instruídas a não ter atitudes homofóbicas", afirmou.
O Peru está sob recolher noturno e a população está em confinamento obrigatório há quase três semanas.
Além disso, o país fechou as fronteiras, exceto a passagem de mercadorias, e suspendeu as aulas.
Para responder à enorme perda de receitas devido ao impacto económico causado pelo surto do novo coronavírus, o Governo está a planear avançar com um programa de apoios estimado em 7,8 mil milhões de euros.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 52 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 190.000 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.