Indianos apagaram a luz para combater obscuridade do coronavírus
O primeiro-ministro da Índia lançou o apelo e, hoje, às 21h00 e durante nove minutos, os indianos apagaram as luzes e acenderam velas para combater a obscuridade do coronavírus.
© Reuters
Mundo Covid-19
"Experimentemos o superpoder da luz, iluminando claramente o objetivo comum pelo qual todos lutamos. Nessa luz, nesse brilho, nesse esplendor, vejamos que não estamos sós, ninguém está só, 1,3 milhões de indianos estão empenhados num objetivo comum", tinha pedido Narendra Modi, na sexta-feira.
Quando o relógio bateu as 21h00 (16h30 em Lisboa), milhões de indianos apagaram as luzes de suas casas e assomaram a janelas, varandas, terraços e portas para mostrarem a sua "força coletiva", empunhando velas ou as tradicionais lâmpadas de azeite ("diyas") usadas nos rituais hindus para mostrar ao deus Rama o caminho de regresso a casa, depois de derrotar o diabo.
Segundo relata a agência espanhola Efe, também se ouviram cânticos religiosos, campainhas e fogos de artifício, culminando com um grande aplauso coletivo às 21h09.
No hinduísmo, o número 9 está relacionado com o planeta Marte e o seu espírito combativo e de liderança face a momentos adversos.
A Índia é um país profundamente religioso, onde a numerologia pode decidir a data de um casamento ou da abertura de um negócio.
A Índia, um dos países mais sobrepovoados do mundo, regista, até ao momento, números relativamente baixos de coronavírus -- 83 mortos e 3.219 infeções --, mas, ainda assim, decretou o confinamento obrigatório até 14 de abril.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já causou a morte a mais de 65 mil pessoas e infetou mais de 1,2 milhões em todo o mundo.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com cerca de mais de 642 mil infetados e mais de 47 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 295 mortes e 11.278 casos de infeções.
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