Os números de mortos por Covid-19, em Espanha, voltam a baixar. Nas últimas 24 horas, registaram-se 637 mortos, desde 24 de março que não se registava um número tão baixo, avança o El Pais.
O número de mortos, no total, ascende agora aos 13.055, segundo dados do Ministério da Saúde. Existem, ainda, 135 mil infetados [mais 4.273 do que ontem], dos quais 60 mil estão hospitalizados.
O número de pessoas que já recuperaram da doença é de 40 mil.
O número de mortes anunciado hoje (637) significa que o número diário de vítimas mortais se reduz pelo quarto dia consecutivo, depois do máximo de 950 verificado na quinta-feira, seguido de 932 na sexta-feira, 809 no sábado e 674 no domingo.
Os novos casos de covid-19 também se estão a reduzir: 8.102 na quinta-feira, 7.472 na sexta-feira, 7.026 no sábado e 4.273 hoje.
Na totalidade do país já foram ou estão internadas 59.662 pessoas, das quais 6.931 em unidades de cuidados intensivos.
A região com mais casos positivos de covid-19 é a de Madrid, com 38.723 infetados e 5.136 mortos, seguida pela da Catalunha (26.824 e 2.760), a de Castela-Mancha (10.602 e 1.132), a de Castela e Leão (9.116 e 919) e a do País Basco (8.810 e 548).
O Governo espanhol já está a estudar as medidas que irá tomar depois de se confirmar o abrandamento do avanço do coronavírus, estando a preparar uma fase de "transição" caracterizada por uma grande campanha de testes e pelo isolamento de pessoas assintomáticas (contagiadas sem sintomas).
Madrid pretende, em primeiro lugar, testar todos os que trabalham nos setores essenciais da economia -- pessoal de saúde, empregados de lares, polícia, pessoal do setor do transporte, pessoal da cadeia alimentar, entre outros -- que podem, sem o saber, fazer parte de um fluxo de transmissões silenciosas de coronavírus.
O objetivo é que, quando chegar o momento de reduzir as medidas de distanciamento social, não haja um ressurgimento do número de casos positivos.
Assim, está a ser preparada a realização de testes generalizados a esta população para localizar todos estes casos e a serem preparadas infraestruturas, entre elas hotéis, que sirvam para isolar os casos positivos sem sintomas, para que não infetem as pessoas que lhes estão próximas.
No domingo, o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, pediu aos presidentes regionais que lhe enviassem até 10 de abril uma lista de locais públicos e privados para alojar os infetados que não necessitem de hospitalização.
O primeiro-ministro espanhol manifestou a intenção do executivo de, a seguir à Páscoa, daqui a uma semana, começar a suavizar as medidas de confinamento e voltar a autorizar a deslocação ao local de trabalho para aqueles que não o podem fazer a partir de casa.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 68 mil.
O continente europeu, com mais de 664 mil infetados e mais de 49 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, 15.887 óbitos em 128.948 casos confirmados até hoje.
A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, enquanto os Estados Unidos, com 9.648 mortos, são o que contabiliza mais infetados (337.646).