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"Vamos enfrentar milhares de mortes". O aviso do primeiro-ministro sueco

Stefan Lofven falou esta segunda-feira aos suecos e deixou aviso de que irão registar-se milhares mortes no país.Durante semanas, confinamento não foi opção para os responsáveis políticos que agora prevêem uma crise sanitária de grandes proporções.

"Vamos enfrentar milhares de mortes". O aviso do primeiro-ministro sueco
Notícias ao Minuto

11:21 - 06/04/20 por Notícias Ao Minuto

Mundo Stefan Lofven

Depois de semanas de medidas ligeiras no que toca às regras de confinamento social, o primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven, em comunicação pública esta segunda-feira, anunciou que o país deve esperar milhares de mortes durante a pandemia de Covid-19. 

Tendo apenas imposto regras de distanciamento social, mas mantendo grande parte dos serviços abertos ao público - bares, restaurantes e escolhas, por exemplo - , com múltiplas críticas de diversos setores, mas sobretudo do da saúde, a abordagem sueca parece estar a mudar. 

Proibindo concentrações de mais de 500 pessoas numa primeira fase, mas reduzindo esse número para 50 recentemente, apenas aos grupos de risco foi encorajado o auto-isolamento preventivo, impossibilitando-se, por exemplo, visitas a lares.

"Somos todos responsáveis pelo nosso bem-estar, pelo bem-estar dos nossos vizinhos e da comunidade local. Isto aplica-se numa situação normal e numa situação de crise", afirmou recentemente a ministra dos negócios estrangeiros, Ann Linde.

Porém, com a subida do número de casos, o tom discursivo tem vindo a alterar-se, uma vez que já se contabilizam quase 7 mil infetados (6830) e mais de 400 mortes confirmadas, num crescimento médio de 447 casos por dia na última semana, contra os 256 da semana anterior.

"Teremos mais pessoas seriamente doentes a precisar de cuidados intensivos. Vamos enfrentar milhares de mortes, temos de nos preparar para isso", começa por referir o chefe do governo local, para, de seguida, afastar qualquer cenário de pânico.

"Acho que não devemos dramatizar [as diferenças entre as abordagens de diversos países]. Estamos a fazer as coisas de forma diferente. Muitas vezes isto acontece porque estamos em fases diferentes da pandemia", explicou o governante.

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