Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da Organização Mundial de Saúde, tem estado durante as últimas semanas sob fogo cruzado devido a suspeitas de que poderá ter compactuado com o encobrimento do número de casos na China.
Na Internet, existe já uma petição a decorrer para que o responsável máximo desta organização seja afastado das suas funções, alegando-se que compartilha responsabilidades ao ter desvalorizado o surto nesta país asiático.
O Daily Mail, num artigo publicado esta semana, lembra algumas declarações de Tedros em que este, em aparições públicas, apontava para o facto de não ser preciso suspender viagens de e para a China.
Em fevereiro, quando o governo chinês reportava mais de 17 mil casos confirmados e mais de 350 mortes por Covid-19, Tedros defendeu que não seriam necessárias medidas de contenção relativamente a viagens, algo que poderá ser entendido como uma falha grave relativamente ao papel que deve desempenhar.
"Não há necessidade de interferir com viagens e comércio, não somos necessários na tentativa de travar o crescimento de contágios pelo vírus", afirmou em fevereiro.
Martha McSally, senadora norte-americana, no início do mês, acusou mesmo o diretor da OMS de encobrimento, em declarações reproduzidas pelo site Politico.
"O encobrimento da origem do vírus causou mortes desnecessárias na América e no Mundo. A Organização Mundial de Saúde tem de parar de os encobrir. Penso que o doutor Tedros tem de afastar-se. Temos de tomar atitudes relativamente a isto. É simplesmente irresponsável e inconsciente aquilo que eles fizeram enquanto pessoas morriam pelo mundo fora", defendeu.
Agora, nas redes sociais, uma petição pede o afastamento de Tedros. O documento, já assinado por mais de 700 mil pessoas, acusando a OMS de não ser politicamente imparcial.