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Covid-19: Pedidos de testamento disparam entre profissionais de saúde
Uma enfermeira de apenas 21 anos já escreveu o documento temendo perder a vida a lutar contra a pandemia de Covid-19. Empresa de Londres deixou de cobrar serviço a todos os médicos, enfermeiros e profissionais a trabalhar na linha da frente a combater a doença.
© iStock
Mundo Reino Unido
Com uma dura batalha pela frente, sendo as primeiras figuras no combate à pandemia de novo coronavírus, médicos e enfermeiros no Reino Unido estão a fazer cada vez mais os seus testamentos, reporta a imprensa britânica.
O jornal Mirror traz esta terça-feira o relato de uma jovem enfermeira que, com 21 anos, numa mensagem emotiva, diz já ter feito o seu documento, afirmando que apenas o namorado sabe, por agora, onde este se encontra.
"Se estão a sentir dificuldades em colocar-se nos sapatos dos trabalhores de saúde, tentarei o meu melhor fazer um retrato do que sentimos: Escrevi o meu testamento há dias", começa por afirmar Kate O'Flaherty, de apenas 21 anos, explicando depois que, por norma, traz pouco mais que o salário mínimo para casa no final do mês.
"Guardei-o [o testamento] no meu quarto e disse ao meu namorado onde o encontrar em caso de me acontecer alguma coisa enquanto trabalho. Tenho 21 anos", continuou.
"É ridículo como se espera que os enfermeiros sacrifiquem as suas vidas pelo bem comum por pouco mais que o salário mínimo. Estamos a viver tempos assustadores em que até os mais experientes entre nós estão a aprender algo novo", terminou.
Num outro registo, de acordo com o Daily Mail, já há empresas deste tipo de serviços a oferecerem, gratuitamente, a possibilidade aos profissionais de saúde de fazerem o seu testamento.
A empresa Farewill, com base em Londres, fez recentemente uma publicação na sua página oficial a confirmar que iria abolir temporariamente a franquia que cobrava de aproximadamente 100 euros, isto depois de registar um aumento de 12 vezes mais pedidos deste tipo de serviço.
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