"O primeiro-ministro permaneceu estável durante a noite e mantém-se animado", tendo recebido um apoio respiratório "normal", disse na conferência de imprensa diária com jornalistas.
"Ele não precisou de ventilação mecânica ou apoio respiratório invasivo e está a respirar sem qualquer outro apoio", acrescentou.
O primeiro-ministro, Boris Johnson, foi transferido para uma unidade de cuidados intensivos no hospital St. Thomas, em Londres, na segunda-feira à noite, depois que um agravamento do estado de saúde após ser infetado com covid-19.
Segundo as informações disponíveis até agora, Johnson estava consciente e não foi ligado imediatamente a um ventilador, que usa ar comprimido para ajudar o paciente a respirar nos casos graves de pessoas infetadas pelo novo coronavírus, nomeadamente quando desenvolvem pneumonia.
"O primeiro-ministro recebeu apoio de oxigénio e permanece sob vigilância rigorosa", mas "não foi ligado a um ventilador", dissera hoje de manhã o ministro do Conselho de Ministros, Michael Gove, à rádio LBC.
Boris Johnson foi diagnosticado a 27 de março com covid-19 após apresentar "sintomas ligeiros", mantendo-se a trabalhar em isolamento na residência oficial de Downing Street, com reuniões por videoconferência.
Na quinta-feira, 02 de abril, apareceu à porta para participar no aplauso nacional aos profissionais de saúde e na sexta-feira publicou um vídeo apelando aos britânicos para não serem tentados a sair de casa pelo bom tempo.
No mesmo vídeo, reconheceu que ia continuar em isolamento por ainda ter febre, e no domingo 05 de abril foi comunicada a sua hospitalização "por precaução" para fazer testes por continuar com "sintomas persistentes ao fim de 10 dias".
Nas últimas 24 horas, o vírus também levou ao isolamento de Michael Gove em casa porque um dos membros da família terá apresentado sintomas.
O ministro para a Escócia, Alister Jack, também se isolou com sintomas na semana passada, enquanto o ministro da Saúde, Matt Hancock, já recuperou após uma semana com sintomas ligeiros.
A doença terá afetado assessores e outros membros do gabinete, com destaque para o conselheiro do primeiro-ministro Dominic Cummings e o diretor geral de saúde, Chris Whitty, tendo este último regressado ao trabalho esta semana.
Johnson designou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dominic Raab, enquanto primeiro ministro de Estado, para o substituir à frente do governo "quando for necessário".
Porém, esta função não implica que seja automaticamente o sucessor numa situação em que Boris Johnson fique incapacitado ou não sobreviva ao vírus, podendo assumir o cargo interinamente até ser eleito um novo líder para o Partido Conservador.
De acordo com o porta-voz, na linha de comando está a seguir o ministro das Finanças, Rishi Sunak.