Ao dia de hoje, quarta-feira, mais de 1,4 milhões de pessoas foram diagnosticadas com o surto do novo coronavírus, sendo que o números de mortes já suplanta as 80 mil.
Todavia, um estudo levado a cabo pela universidade alemã de Gottingen sugere que apenas uma pequena percentagem das pessoas infetadas com Covid-19 é examinada e faz parte dos boletins oficiais.
De acordo com o mesmo estudo, divulgado pelo diário belga Le Soir, dezenas de milhões de pessoas já podem estar infetadas.
Para obter estes números, os investigadores "utilizaram as estimativas da mortalidade por coronavírus e o tempo compreendido entre o diagnóstico e a morte do paciente, para assim testar a veracidade dos relatórios oficiais. Isso mostra que os países descobriram, em média, apenas cerca de 6% das infeções".
O estudo também revela sinais preocupantes sobre a percentagem de contaminação em alguns países: "O atraso e o número insuficiente de testes podem explicar porque certos países europeus, como Itália e Espanha, registam um número muito maior de vítimas (em comparação com os casos já confirmados) do que a Alemanha, que detetou cerca de 15,6% das infeções, em comparação com apenas 3,5% em Itália ou 1,7% em Espanha. As taxas de deteção são ainda mais baixas nos Estados Unidos (1,6%) e no Reino Unido (1,2%), dois países que foram amplamente criticados por especialistas em saúde pública pela sua resposta tardia a esta pandemia".