"Há uma enorme procura internacional por PPE [Equipamento de Proteção Pessoal] e uma contração global na oferta. Além disso, alguns países impuseram proibições à exportação e outras restrições ao PPE, à medida que procuram garantir as próprias necessidades nacionais", justificou
O ministro respondia a um crescente número de queixas de profissionais de saúde da falta de material, nomeadamente batas, luvas, viseiras ou máscaras, tendo reconhecido estar a ter dificuldade em obter este tipo de equipamento, que deve ser racionado.
"Existe PPE suficiente para ser utilizado, mas apenas se for usado de acordo com as nossas orientações. Precisamos que todos tratem o PPE como o recurso precioso que ele é. Isso significa usá-lo apenas quando houver uma necessidade clínica", vincou.
A dependência do estrangeiro nesta área levou o governo britânico a mobilizar fornecedores nacionais, tendo a marca de roupa Burberry começado a produzir batas, as construtoras de automóveis Rolls-Royce e McLaren a produzir viseiras e a destilaria Diageo a produzir desinfetante antibacteriano.
Hancock disse que até agora foram distribuídas cerca de 742 milhões de peças de PPE, mas que o número de locais com necessidade passou de 233 hospitais anteriormente para 58.000 unidades de cuidados de saúde atualmente, pelo que foi preciso recorrer ao exército para ajudar na distribuição.
O ministro revelou durante a conferência de imprensa que até agora morreram 8.958 pessoas durante a pandemia de covid-19 no Reino Unido, mais 980 do que na véspera, e foram agora diagnosticadas 70.783 pessoas infetadas.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 96 mil mortos e infetou quase 1,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
A Europa é o continente com mais casos contabilizados (826.382) e com maior número de vítimas mortais (66.642).