Os seis critérios da OMS para países que irão levantar restrições

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) sublinhou que este processo deve ser feito de forma gradual, uma vez que "embora a Covid-19 se propague muito rapidamente, desacelera muito mais devagar".

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© Christopher Black/WHO/Handout via REUTERS

Anabela Sousa Dantas
13/04/2020 19:10 ‧ 13/04/2020 por Anabela Sousa Dantas

Mundo

Covid-19

A pressão da retoma económica coloca alguns países na posição de ter que tomar decisões sobre a reabertura de alguns espaços comerciais, como Espanha fez esta segunda-feira, com alguns serviços não essenciais. Estas decisões deverão ser tomadas, porém, de forma gradual e no contexto de um declínio dos números de mortes e infeções relacionadas com a Covid-19, sob o risco de espoletar novas cadeias de transmissão.

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, indicou isso mesmo esta segunda-feira, durante a conferência de imprensa diária sobre o tema.

"Embora a Covid-19 se propague muito rapidamente, desacelera muito mais devagar", disse o responsável da OMS. "Por outras palavras, o caminho para baixo é muito mais lento do que o caminho para cima. Isto significa que as medidas de restrição têm que ser levantadas gradualmente e com controlo. Não pode acontecer tudo de uma vez".

A OMS deixa, assim, seis critérios que devem ser observados pelos países que estão a discutir o levantamento das medidas de contenção aplicadas:

  • Transmissão está controlada;
  • O sistema de saúde consegue detetar, testar, isolar e tratar cada doente de Covid-19 e rastrear cada ligação;
  • O risco de surto está minimizado em sítios como instituições de saúde e lares;
  • Há medidas de prevenção aplicadas nos locais de trabalho, escolas e outros locais onde as pessoas têm que ir;
  • Os riscos de casos importados estão controlados;
  • A comunidade está bem informada, comprometida com a situação e com a capacidade para se ajustar à "nova norma".

Recorde-se que, em Portugal, a Direção-Geral da Saúde admitiu hoje o uso de máscaras por todas as pessoas que permaneçam em espaços interiores fechados com várias pessoas, como medida de proteção adicional ao distanciamento social, à higiene das mãos e à etiqueta respiratória.

A ministra ressalvou que as máscaras sociais, que podem ser feitas de algodão ou de outro tecido têxtil, vão ser generalizadas à população quando o país regressar à normalidade.

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