Segundo a Lava Jato, maior operação contra a corrupção no Brasil, o ex-gerente da Transpetro - subsidiária da petrolífera estatal Petrobras - José Antônio de Jesus, o empresário Adriano Correia e as empresas de construção NM Engenharia e Queiroz Correia tiveram o bloqueio decretado como "garantia do cumprimento de penas pecuniárias requeridas na ação civil de improbidade administrativa".
De acordo com a acusação, o ex-gerente da subsidiária da Petrobrás terá recebido 7,5 milhões de reais (1,3 milhões de euros) em subornos para cometer fraude em contratos da Transpetro.
Já condenados por corrupção e branqueamento de capitais, José Antônio de Jesus e Adriano Correia são agora acusados no âmbito civil por enriquecimento ilícito, dano ao erário e violação aos princípios da administração pública.
A ação, que foi proposta em fevereiro passado, teve o sigilo retirado na tarde de hoje, segundo o Ministério Público Federal.
"A operação Lava Jato tem demonstrado que o esquema corrupto revelado na Petrobras também foi replicado nas suas subsidiárias, como é o caso da Transpetro. É essencial que o combate à corrupção alcance todos os envolvidos, na esperança de punir aqueles que prejudicaram o cidadão brasileiro e de reaver os valores desviados", salientou o procurador Paulo Roberto Galvão.
Esta é a primeira ação de improbidade administrativa acerca do esquema de corrupção instalado no núcleo da subsidiária de transporte da Petrobras.
Lançada em 2014, a operação Lava Jato trouxe a público um gigantesco esquema de corrupção de empresas públicas, como a Petrobras, implicando dezenas de altos responsáveis políticos e económicos, e levando à prisão de muitos deles, como o antigo Presidente brasileiro Luíz Inácio Lula da Silva, que se encontra atualmente em liberdade condicional.