Joe Biden, antigo vice-presidente de Barack Obama e atual candidato à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata, refutou, esta quarta-feira, a acusação de que foi alvo a propósito de um alegado caso de assédio sexual em 1993.
Uma porta-voz da campanha do político de 77 anos assegurou, à estação televisiva britânica BBC, que as alegações de Tara Reade, que trabalhou enquanto sua assistente de gabinete há quase 30 anos, não correspondem à verdade.
"Isto não aconteceu, de todo. Ele acredita firmemente que essa mulher tem o direito de ser ouvida, e ouvida com respeito. Tais alegações deveriam, também, ser diligentemente revistas por uma imprensa independente. O que é claro sobre esta alegação é que não é verdade", afirmou.
A acusação, recorde-se, remonta ao passado mês de março, quando Tara Reade, agora com 56 anos, recordou um episódio que terá ocorrido na primavera de 1993, quando lhe foi pedido que entregasse um saco de ginásio ao então senador.
"Não houve diálogo, na verdade, ele apenas me encostou à parede. Lembro-me que aconteceu tudo de uma vez... As mãos dele estavam sobre mim e por baixo da minha roupa", afirmou, em entrevista concedida a um podcast apresentado por Katie Halper.
"Lembro-me de ele ter dito, primeiro, aquilo que ia fazer. 'Queres ir a algum lado?', e depois, quando o afastei, ele disse... Ele disse 'Va lá, pá, ouvi dizer que gostavas de mim'. Aquela frase ficou comigo", acrescentou.