Macron deixa recado à China. "Há coisas que aconteceram e não sabemos"
Presidente francês une-se ao coro de críticas do Reino Unido e pede explicações ao país, onde surgiu o surto do novo coronavírus. Falamos da China.
© Reuters
Mundo Covid-19
O presidente francês Emmanuel Macron referiu que há "áreas cinzentas" no que diz respeito à gestão da pandemia do surto do novo coronavírus por parte da China, sublinhando ao Financial Times que "obviamente existem coisas que aconteceram e que não sabemos".
"Não temos uma espécie de ingenuidade para ignorar aquilo que realmente importa saber. E, na verdade, não sabemos. E existem obviamente coisas que aconteceram que não sabemos", referiu Macron, deixando assim um recado ao seu destinatário, a China.
As críticas do presidente francês surgem no mesmo dia em que também o Reino Unido sublinhou a necessidade de serem apuradas responsabilidades depois de "tudo isto acalmar".
Saliente-se que, os últimos números que chegam de França indicam que, desde o dia 1 de março, morreram em meio hospitalar morreram 11.060 pessoas e nos lares foram registados 6.860 óbitos no mesmo período.
Há no país um total de 31.305 pessoas hospitalizadas devido à covid-19 e 6.248 dos quais em unidades de cuidados intensivos. Porém, tanto o número de pessoas hospitalizadas como os pacientes em estado grave tem vindo a descer, tendo "estabilizado a um nível muito alto", adiantou o diretor-geral da Saúde, Jérôme Salomon.
A França registou até agora 108.847 casos de covid-19. Dos que foram tratados em hospital, mais de 32 mil foram considerados curados. Jérôme Salomon indicou ainda que na semana de 30 de março a 5 de abril, foi registado um aumento de mortalidade no país de 58,2%: "Algo que nunca aconteceu em França depois do verão de 2003".
Recorde-se que, o episódio de calor de 2003 provocou cerca de 15 mil mortes em França nos primeiros 15 dias de agosto desse ano.
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