A Lombardia, tido como o epicentro do surto do novo coronavírus em Itália, já começou a planear uma reabertura parcial do comércio e um levantamento das restrições no movimento de cidadãos a partir do próximo mês de maio, o que não está a cair bem junto de algumas regiões.
É o caso de Campânia, no sul do país. Pese embora as regiões estejam separadas por cerca de 800 quilómetros, o perfeito da comuna, Vincenzo de Luca, avisa que é necessário ter "um grande sentido de responsabilidade" e ameaça "fechar as fronteiras".
"Se, no futuro, nos depararmos com a abertura de regiões onde houve um contágio tão forte, Campânia irá fechar as fronteiras. Iremos ordenar que sejam barradas as entradas de cidadãos provenientes dessas regiões", atirou, citado pelo jornal italiano Il Mattino.
"Salvámos Campânia ao tomar decisões duas semanas antes do governo nacional. Fizemo-lo com escolhas rigorosas, mas também com a responsabilidade dos cidadãos. Não estamos a lidar com problemas banais, mas sérios", acrescentou.
Vincenzo de Luca sublinhou, ainda, que "a posição de Campânia é extremamente clara": "A abertura total de uma região deve ser decidida a nível central, com base em provas científicas, e é uma decisão que envolve todo o resto do país".