Um estudo chinês, revelado pelo Wall Street Journal, confirma que o número de pessoas que desenvolveram anticorpos contra o novo coronavírus é muito baixo.
Após mais de dois meses de confinamento, as autoridades da cidade chinesa de Wuhan, sede da pandemia, realizaram uma série de testes com o objetivo de procurar anticorpos em milhares de pessoas que regressaram novamente ao trabalho e naquelas que não desenvolveram sintomas. Isso permitiu saber, em particular, se uma pessoa foi infectada pelo vírus e o combateu.
A boa notícia, explica o jornal americano, é que "a proporção de pessoas com anticorpos é consideravelmente maior que a de casos confirmados". Essa descoberta sugere que muitas pessoas "foram inconscientemente infectadas, desenvolveram sintomas leves ou inexistentes e agora podem estar imunes".
A má notícia é que, de facto, o número de pessoas que possuem anticorpos ainda está longe da "imunidade coletiva". O Hospital Wuhan Zhongnan descobriu que apenas 2,4% dos seus funcionários e 2% a 3% dos pacientes recentes, incluindo os testados antes de voltar ao trabalho, desenvolveram anticorpos contra esta doença.