O parlamento espanhol decide, nesta quarta-feira, se vai ou não prorrogar o estado de emergência por uma terceira vez, sendo que a ser aprovado terá início a 26 de abril com o término a ocorrer a 9 de maio.
Na sessão parlamentar que está a decorrer no país vizinho, a força das declarações da oposição contra a gestão de Pedro Sánchez está a incidir sobretudo no "equilíbrio perverso entre saúde e economia" do atual executivo no combate à atual pandemia.
Gabriel Rufián, deputado da ERC, sublinhou que "trabalhos não essenciais tornam-se em pessoas não essenciais", deixando também uma crítica severa à regulamentação do confinamento.
Rufián continua a defender o confinamento total: "Preste atenção no que lhe dizemos: não abra a sua mão". E censura a centralização das medidas, pedindo a recuperação dos poderes regionais para combater a pandemia. "Eles anunciam e retificam. Isso não é informar, é alarmar", referiu um dos principais líderes da causa independentista catalã, deixando um sério recado à comunicação governamental.
Rufián criticou ainda o executivo de Pedro Sánchez por dar prioridade à economia, fazendo recurso a duas comparações: "Não faz sentido que tu possas ir comprar tabaco, mas que uma criança não possa ir brincar, que as pessoas possam continuar a pedir hambúrgueres, mas não tenham oportunidade de enterrar os seus pais".