O governo norte-americano de Donald Trump, criticado por todos os defensores do ambiente por ter saído do Acordo de Paris sobre o clima, celebrou na quarta-feira o Dia da Terra criticando o balanço ambiental da China.
O chefe da diplomacia dos EUA, Mike Pompeo, liderou as acusações.
Aproveitando uma mensagem do secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, a propósito da comemoração do 50.º aniversário do Dia da Terra, Pompeo apelou a transformar a retoma pós-pandemia "numa real oportunidade para fazer bem as coisas para o futuro" do planeta.
"Quero lembrar a cada um que a boa maneira de garantir um futuro mais verde, mais limpo e mais radioso ao mundo, é garantir a inovação privada e o mercado livre e a concorrência", disse Pompeo, apresentando mais uma vez os EUA como "o líder mundial da redução de todas as emissões de gases com efeito de estufa.
"A China, ao contrário, é o maior emissor anual, desde 2006, e as suas emissões vão continuar a crescer até 2030 e vão neutralizar os progressos de outros países", prosseguiu, durante uma conferência de imprensa, em Washington.
"Desejo exortar o secretário-geral Guterres a garantir que dispomos de boa informação, factos reais, sobre quem obtém resultados a sério nas coisas importantes para nós todos", acrescentou, fazendo uma crítica velada à ONU.
"É particularmente importante para o 50.º aniversário do Dia da Terra", insistiu.
Washington está envolvido num confronto com Pequim, a quem acusa de ter escondido a gravidade da pandemia do novo coronavírus, com a "cumplicidade" da Organização Mundial de Saúde, uma agência da ONU.