Conselho de Defesa admite agressões "terroristas" em Cabo Delgado

O Conselho Nacional de Defesa e Segurança (CNDS) de Moçambique assumiu hoje, pela primeira vez, que país enfrenta uma "agressão externa perpetrada por terroristas" em Cabo Delgado.

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Lusa
23/04/2020 19:44 ‧ 23/04/2020 por Lusa

Mundo

Moçambique

"O CNDS analisou a situação dos ataques na província de Cabo Delgado e concluiu que o facto da autoria dos mesmos ser reivindicada pelo Estado Islâmico, uma organização terrorista, revela que estamos em presença de uma agressão externa perpetrada por terroristas", lê-se num nota da Presidência da República, emitida após uma reunião da CNDS em Maputo.

Em causa estão os ataques armados que têm sido registados na província de Cabo Delgado, Norte de Moçambique, incursões que já causaram pelo menos 400 mortes e afetaram 162 mil pessoas desde outubro de 2017.

O CNDS, presidido pelo chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, apelou às comunidades para cooperarem com as autoridades, saudando "as Forças de Defesa e Segurança pelo esforço empreendido com vista à reposição da ordem e segurança públicas bem como o normal funcionamento das instituições".

O grupo 'jihadista' Estado Islâmico tem vindo a reclamar a autoria dos ataques naquela região.

Uma das mais recentes revindicações data de 08 de abril, quando o grupo 'jihadista' reclamou autoria de um ataque armado ao distrito de Muidumbe, onde terá alegadamente apreendido um veículo, armas e munições.

No final de março, as vilas de Mocímboa e Quissanga foram invadidas por um grupo, que destruiu várias infraestruturas e içou a sua bandeira num quartel das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique.

Na ocasião, num vídeo distribuído na internet, um alegado militante 'jihadista' justificou os ataques de grupos armados no norte de Moçambique com o objetivo de impor uma lei islâmica na região.

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