Mais de 100 pessoas foram, este sábado, nas ruas da capital alemã Berlim detidas na sequência de um protesto contra o confinamento obrigatório devido à pandemia do novo coronavírus, segundo indicou a agência Reuters.
Os manifestantes gritaram palavras de ordem como "quero a minha vida de volta" e mostraram cartazes com mensagens como "protejam os direitos constitucionais". Algumas destas tentaram manter a distância social e usaram máscaras faciais, mas outros juntaram-se a protestar.
Os participantes neste protesto distribuíram um jornal com o título "Resistência Democrática", onde se podia ler que o novo coronavírus é uma tentativa de poder através da disseminação do medo. A publicação citava ainda 127 médicos de todo o mundo que colocavam em dúvida a necessidade de existência de medidas de confinamento rigorosas.
O porta-voz da polícia, Thilo Cablitz, revelou que foi concedida autorização para uma campanha de distribuição de jornais, mas as autoridades de saúde não concederam permissão para uma manifestação pública.
"Durante os tempos do novo coronavírus, e de acordo com os regulamentos de contenção, somos obrigados a impedir aglomerados", disse Cablitz, acrescentando que 180 policiais foram mobilizados para o local da manifestação.
Após ter sido decretado o confinamento social em 17 de março, o Tribunal Constitucional da Alemanha decidiu, no início deste mês, que as pessoas têm o direito de realizar protestos se seguirem as regras de distanciamento social, depois de ativistas pró-democracia entrarem com um processo argumentando que o bloqueio viola a liberdade de reunião.
A Alemanha voltou este sábado a sentir um 'alívio' no que diz respeito a mortes por Covid-19. Depois de ontem terem sido registados 227 óbitos, este valor voltou a descer, cifrando-se nas últimas 24 horas em 179.