Peru conta 17 polícias mortos e pelo menos 1.300 infetados

Dezassete polícias morreram de covid-19 no Peru, tentando fazer cumprir o confinamento imposto no país desde 16 de março, segundo as autoridades e imprensa oficiais.

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Lusa
26/04/2020 11:15 ‧ 26/04/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

O governo peruano reconheceu há alguns dias que o novo coronavírus infetou pelo menos 1.300 polícias, num total de 140.000 em todo o país.

"Dezassete polícias morreram em todo o território, 11 dos quais em Lima", anunciou o novo ministro do Interior Gaston Rodriguez, que entrou em funções na sexta-feira após a demissão surpresa do seu antecessor.

Este balanço elevado está ligado ao facto de os polícias "serem expostos quando intervêm junto de pessoas que não respeitam as medidas determinadas para conter a propagação do vírus", divulgou no sábado a agência de notícias oficial Andina.

O ministro peruano do Interior Carlos Moran causou surpresa na sexta-feira ao demitir-se do cargo em plena epidemia, quando estava a ser criticado pelo elevado número de polícias contaminados.

Foi substituído por Gaston Rodriguez, um general da polícia nomeado pelo Chefe de Estado, Martin Vizcarra.

Rodriguez anunciou que os seus serviços iam consagrar 15 milhões de dólares para a "compra de equipamentos de proteção, como máscaras e luvas", para a polícia peruana e que 220.000 kits de despistagem do coronavírus deveriam ser disponibilizados até à primeira semana de maio.

No total, o Peru registou até hoje mais de 25.000 contágios e 700 mortes, segundo uma contagem da universidade americana Johns Hopkins.

O país sul-americano está em confinamento desde 16 de março, o que vigorará pelo menos até 10 de maio. Fechou as fronteiras.

Moran foi o segundo ministro a demitir-se de funções desde a declaração do estado de emergência sanitária em 16 de março.

Em 21 de março, foi a ministra da Saúde, Elizabeth Hinostroza, que apresentou a demissão.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 200.000 mortos e infetou mais de 2,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Perto de 800.000 doentes foram considerados curados.

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