"Entre o meio-dia de sábado e o meio-dia de hoje, as autoridades de saúde identificaram 1.153 novas infeções, elevando o número total de casos confirmados por o novo coronavírus para 90.481", disse o porta-voz do Ministério da Saúde.
Kianouche Jahanpour explicou ainda, em conferência de imprensa, que foram registadas "60 mortes por covid-19, o menor número diário desde 10 de março", elevando o número de óbitos no Irão para 5.710.
Mesmo que o número diário de mortes pela pandemia esteja em "declínio acentuado", é aconselhável continuar a respeitar as instruções de saúde e as regras de distanciamento social, alertou Kianouche Jahanpour.
As autoridades iranianas anunciaram hoje que vão classificar o país em três tipos de áreas que não corresponderão aos limites das províncias, dependerão da incidência da covid-19, e que serão diferenciadas com as cores branco, amarelo e vermelho, sendo a primeira considerada mais segura.
O presidente iraniano, Hasan Rohaní, explicou que nas regiões brancas haverá menos restrições e, aqui, serão reabertas as mesquitas e a celebração das orações congregacionais, "cumprindo os protocolos de saúde" e o distanciamento social.
Com o início do Ramadão no Irão, no sábado, aumentou a pressão para que mesquitas e mausoléus fossem abertos aos fiéis que costumam participar em massa nas cerimónias nos locais de culto.
As orações de sexta-feira foram canceladas no final de fevereiro em 23 capitais provinciais e, uma semana depois, a proibição estendeu-se a todo o país, enquanto os mausoléus xiitas estão fechados desde meados de março.
Existem mais de cem áreas que serão declaradas brancas, embora a lista seja divulgada posteriormente, de acordo com Hasan Rohaní, que alertou que, se a propagação do novo coronavírus aumentar, essas regiões podem ficar amarelas ou vermelhas.
O presidente enfatizou ainda que o relaxamento de restrições, como a recente reabertura do comércio em 11 de abril, não significa que a pandemia tenha sido controlada.
Por esse motivo, as autoridades também decidiram hoje que o uso de máscaras e luvas é obrigatório nos transportes públicos, pois é difícil manter uma distância social adequada.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 200 mil mortos e infetou mais de 2,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Perto de 800 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 903 pessoas das 23.864 confirmadas como infetadas, e há 1.329 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (53.934) e mais casos de infeção confirmados (quase 940 mil).
Seguem-se Itália (26.384 mortos, mais de 195 mil casos), Espanha (23.190 mortos, mais de 226 mil casos), França (22.614 mortos, cerca de 160 mil casos) e Reino Unido (20.319 mortos, mais de 148 mil casos).