Confinamento permite aos golfinhos aproximarem-se da costa de Istambul

Os golfinhos estão a aproveitar o Bósforo, na Turquia, anormalmente calmo graças ao confinamento imposto pela pandemia de covid-19, para se aproximarem da costa, noticia a agência France-Presse (AFP).

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Lusa
26/04/2020 16:20 ‧ 26/04/2020 por Lusa

Mundo

Coronavírus

Com a contenção, há menos barcos no estreito entre a Europa e a Ásia, menos pescadores e mais peixes, o que atrai os golfinhos para mais perto da costa, para deleite dos habitantes .

Em Sarayburnu, um promontório que separa o Corno de Ouro do mar de Mármara, um grupo de golfinhos foi visto a nadar seguido por um bando de gaivotas, para satisfação dos fotógrafos.

"A diminuição do tráfego marítimo e humano no Bósforo tem um impacto significativo", disse o presidente da associação de pescadores amadores de Istambul, Erol Orkcu, citado pela AFP.

Segundo aquele responsável, "os seres vivos, aquáticos e terrestres, estão livres da presença humana", o que permite que os golfinhos se aproximem mais da costa".

Antes da pandemia, centenas de pescadores alinhavam-se ao longo das margens do Bósforo todos os dias, locais que agora estão quase desertos.

Istambul, cidade turca de 16 milhões de habitantes, está em confinamento desde quinta-feira e até à meia-noite de hoje, depois de dois fins de semana anteriores, quando esteve parada por ordem do governo.

Ligando o Mediterrâneo ao mar Negro através do centro de Istambul, o Estreito de Bósforo é uma via navegável estreita (com menos de 3 quilómetros de largura) e geralmente muito movimentada.

A epidemia já matou mais de 2.700 pessoas na Turquia.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 200 mil mortos e infetou mais de 2,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios. 

Perto de 800 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 903 pessoas das 23.864 confirmadas como infetadas, e há 1.329 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

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