Governo sírio decreta fim de ano escolar para quatro milhões de alunos

O governo sírio anunciou hoje o fim do ano letivo para mais de quatro milhões de alunos, que passam diretamente para o nível superior, medida tomada devido à Covid-19 e após várias semanas de ensino à distância.

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Lusa
26/04/2020 18:23 ‧ 26/04/2020 por Lusa

Mundo

Coronavírus

Segundo o Ministério da Educação da Síria, citado pela agência noticiosa oficial Sana, os exames finais para o bacharelato e para as licenciaturas, no entanto, serão mantidos para os mais de 557 mil estudantes, com o Governo a garantir que vão aumentar o número dos centros para os testes para que possa ser garantido o "devido distanciamento".

Damasco anunciou em meados de março o encerramento de todos os estabelecimentos escolares para prevenir a propagação da pandemia do novo coronavírus.

Poucos deles adotaram o ensino 'online', enquanto um canal especializado de televisão do Ministério da Educação lançou cursos de Árabe, Inglês, Matemática e Ciências.

Num país em guerra desde 2011, as medidas, refere a agência France Presse, serão difíceis de generalizar: os territórios governamentais continuam a viver ao ritmo de sucessivos cortes de eletricidade, que podem demorar horas, e os custos do consumo da Internet são plafonados e muito onerosos.

"Todos os alunos da primária e secundária passam à classe superior", indicou o Governo, segundo a Sana.

"É necessário definir um plano para o regresso às aulas [no próximo ano letivo] para certos alunos", sublinhou o Ministério da Educação sírio, salientando que as universidades permanecerão encerradas pelo menos até ao final do Ramadão.

Segundo dados de Damasco, nos territórios nas mãos do Governo foram detetados 42 casos de covid-19, registando-se três mortes.

As autoridades de Damasco aprovaram uma série de medidas, como o encerramento do comércio e dos restaurantes, a imposição de um recolher obrigatório severo e a proibição de deslocações entre províncias.

O conflito na Síria, que já causou mais de 380.000 mortos desde 2011, obrigou também ao exílio de milhões de sírios.

 

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