Segundo um estudo divulgado da Universidade de Maryland, nos EUA,, uma grande maioria dos norte americanos pode estar a sofrer daquilo a que o estudo designa de "fatiga de quarentena". E por esse motivo estão a sair mais do que seria esperado nesta altura de pandemia.
O estudo do Instituto de Transportes de Maryland baseou-se num rastreio mensal de mais de 100 milhões de pessoas utilizando os "dados protegidos da privacidade a partir dos seus dispositivos móveis", durante seis semanas do confinamento.
A sua análise conclui que as pessoas estão a sair mais de casa para fazer passeios ao livre, algo que tenderá a aumentar ainda mais assim que alguns estados do país começarem a proceder ao desconfinamento.
"Verificámos algo que esperávamos que não estivesse a acontecer, mas está. Parece que estamos a ficar um pouco cansados [de estar em casa]. Parece que as pessoas se estão a despreocupar mais e que saem mais", afirma o investigador Lei Zhang ao The Washington Post.
Por sua vez, o Dr. Wilbur Chen, professor associado da Faculdade de Medicina desta universidade, acredita que é cedo demais para saber se estas conclusões são o início de uma tendência ou apenas uma situação pontual, da mesma forma que assume que não sabe se esta mudança no comportamento dos norte-americanos terá algum impacto na propagação do vírus.
Contudo, afirma que "se as pessoas andam na rua há mais risco de transmissão".