A pandemia que enfrentamos enquanto sociedade global está a levar a muitos desenvolvimentos tecnológicos importantes e está a pôr no centro do nosso dia a dia profissionais de áreas tão distintas como a matemática ou a pneumologia.
Muito do trabalho desenvolvido pela comunidade científica visa tentar prever eventuais efeitos da pandemia e formas de a controlar e é precisamente isso que têm feitos os investigadores da Universidade de Washington nos Estados Unidos.
Tentando prever os impactos sanitários do surto de Covid-19 do outro lado do Atlântico, esta instituição avançou, numa primeira fase, com uma previsão de 60 mil mortes por causa da doença nos Estados Unidos, elevando agora o número para 74 mil, segundo as coreções feitas ao seu modelo matemático.
Chris Murray, diretor do Instituto de Métricas e Avaliação da Ajuda da Universidade de Washington, em declarações à CNN, referiu que o ajuste feito no seu modelo científico relativamente ao número de casos e óbitos estima agora que o número de mortes previsto se aproxime dos 74 mil.
“A nossa previsão agora é de 74 mil mortes. Essa é a nossa melhor estimativa. O intervalo [de erro] é bastante amplo, porque há muitos fatores desconhecidos, mas a nossa melhor estimativa está a subir e vemos esses longos e prolongados picos em alguns estados ”, afirmou Murray.
"Também estamos a ver sinais nos dados de mobilidade de que as pessoas estão a ficar mais ativas, e isso contribuiu para a nossa avaliação [revisão em alta do número de óbitos]", esclareceu, deixando depois críticas à aberta da economia proposta por Trump.
“Se estamos focados em tentar proteger a saúde das pessoas, a resposta é absolutamente. É uma estratégia mais segura reduzir o número de infecções na comunidade a um nível realmente baixo e, de seguida, testar e isolar o contato [com infetados] pode funcionar para conter a pandemia”, disse Murray.