O líder do principal partido da oposição, Keir Starmer, lembrou que países como França, Alemanha, Espanha e Bélgica já estão a aliviar as medidas de distanciamento social e referiu também que Escócia e País de Gales, que, juntamente com Inglaterra e Irlanda do Norte, formam o Reino Unido, já divulgaram documentos com diretivas para o final do período de confinamento.
"Atrasar arrisca não só ficar para trás de outros países, mas também a abordagem bem-sucedida das quatro nações até agora. Queremos apoiar o governo na estratégia de saída e apoiar a abordagem de quatro nações para sairmos todos ao mesmo tempo e, de preferência, da mesma maneira", avisou.
Mas o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dominic Raab, que representou o primeiro-ministro, Boris Johnson, no debate semanal com os deputados na Câmara dos Comuns, disse que o plano não será conhecido antes da próxima semana, quando é esperado um parecer especialistas médicos e científicos que aconselham o governo.
Raab disse que "será difícil estabelecer posições antes de ter a informação do SAGE [Grupo de Aconselhamento Científico para Emergências] sobre a taxa de contágio de infeção e taxa de mortalidade".
Apesar de ter regressado ao trabalho na segunda-feira após duas semanas de convalescença da infeção com o novo coronavírus que levou à sua hospitalização, incluindo três dias nos cuidados intensivos, o primeiro-ministro faltou hoje ao debate devido ao nascimento do filho esta manhã.
A noiva, Carrie Symonds, de 32 anos, deu à luz um rapaz, o sexto filho de Boris Johnson, de 55 anos, dos quais quatro com a ex-mulher Marina Wheeler e uma filha fruto de uma relação extraconjugal enquanto foi 'Mayor' de Londres.
Keir Starmer deu os parabéns ao casal, referindo que, "independentemente das diferenças, como seres humanos, temos de reconhecer a ansiedade que o primeiro-ministro e Carrie devem ter atravessado nestas últimas semanas, uma ansiedade inimaginável".
O Reino Unido registou 21.678 mortos durante a pandemia de covid-19, de acordo com o balanço de terça-feira do Ministério da Saúde britânico, que a partir de hoje, pela primeira vez, também vai passar a incluir informação sobre os óbitos fora dos hospitais.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 217 mil mortos e infetou mais de 3,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Perto de 860 mil doentes foram considerados curados.