"Apelamos à comunidade, aos pacientes e aos seus entes queridos, bem como aos grupos ilegais, para que respeitem o pessoal médico", disse o responsável pelo departamento de Gestão Territorial, de Emergências e Desastres do Ministério da Saúde, Luis Fernando Correa, num comunicado de imprensa.
Entre esses ataques a missões médicas que ocorrem, estão bloqueios de estradas, que impedem a passagem de ambulâncias em áreas isoladas, e roubo de equipamentos, incluindo também atos de discriminação, em especial nos departamentos de Norte de Santander (fronteira da Venezuela), La Guajira (nordeste) e Valle del Cauca (sudoeste), disse Correa.
O Governo "rejeita qualquer ato violento contra o pessoal médico, na medida em que viola o direito internacional humanitário e os direitos humanos", acrescentou.
Correa disse que foram registados 64 ataques desde o início do ano na Colômbia, onde o primeiro caso de covid-19 foi detetado em 06 de março.
Os médicos colombianos relataram nas últimas semanas que foram vítimas de discriminação e rejeição, principalmente em transportes públicos, supermercados e onde vivem, de pessoas que temem que possam ser uma fonte de contágio.
O Presidente colombiano, Ivan Duque, condenou os ataques e disse que os profissionais de saúde são "heróis".
A Colômbia, cuja população está em confinamento em todo o país desde 25 de março, tem mais de 7.600 casos confirmados do novo coronavírus, incluindo pelo menos 340 mortos.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 249 mil mortos e infetou mais de 3,5 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.