As medidas são justificadas porque, após o início dos primeiros estágios de desconfinamento, a 20 de abril, o número de novas infeções pelo coronavírus "permaneceu baixo" e "nenhuma nova onda" de contaminação é observada até o momento, sublinha-se no texto.
Todas as escolas, incluindo escolas primárias e jardins de infância, poderão reabrir, sob condições, a partir da próxima semana.
"As escolas devem gradualmente tornar possível a educação de todas as crianças em idade escolar, respeitando as medidas de higiene e distanciamento", salienta-se no projeto de acordo, que deve ser formalmente adotado hoje pela chanceler alemã, Angela Merkel, e pelos líderes políticos das regiões.
A Alemanha já havia autorizado a reabertura do secundário. O acordo também deixa para os diferentes estados regionais a decisão sobre o reinício das aulas nas universidades.
"Todas as lojas podem reabrir respeitando as condições de higiene e com o controlo de entradas para se evitar as filas", pode ler-se no mesmo documento.
A indicação diz respeito às lojas com mais de 800 metros quadrados, já que as de menor dimensão já começaram a operar novamente.
No documento também se permite que 16 regiões alemãs possam decidir sobre a reabertura de restaurantes, cafés, bares e hotéis.
Os ministros regionais da Economia concordaram em autorizar a reabertura da restauração a partir de sábado.
O acordo também permite que as regiões tomem decisões quanto a teatros, salas de concerto, clubes, discotecas e centros desportivos.
No documento está previsto a reintrodução de medidas de contenção se o número de infeções da covid-19 começar novamente a aumentar. Contudo, tal será feito muito localmente, seja por cidade ou mesmo por estabelecimento, quando se tratar de um lar de idosos ou um edifício residencial e não mais como aconteceria até aqui, que abrangia uma região ou o país inteiro.
Os alemães são ainda convidados a continuar a respeitar a distância física e a usar uma máscara em lojas e transportes públicos.
A Alemanha registou desde o início da pandemia mais de 167 mil infetados e quase sete mil mortos.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias France-Presse (AFP), a pandemia de covid-19 já provocou mais de 256 mil mortos e infetou quase 3,6 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.