"É pior que Pearl Harbor", afirmou o chefe de Estado norte-americano em declarações na Sala Oval (gabinete presidencial), na Casa Branca, em Washington, mencionando a ofensiva aérea japonesa que fez mais de 2.400 vítimas norte-americanas e que ditou a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.
"É pior que o World Trade Center", acrescentou Trump, numa referência aos atentados ocorridos em 11 de setembro de 2001 e que visaram, entre outros alvos, estes dois edifícios, localizados no centro financeiro de Nova Iorque.
Os atentados terroristas de setembro de 2001 fizeram quase 3.000 mortos.
Na atual pandemia do novo coronavírus, os Estados Unidos são, neste momento, o país com mais mortes associadas à doença covid-19 (71.078) e com mais casos de infeção confirmados (mais de 1,2 milhões).
"Nunca houve um ataque desta natureza. Nunca deveria ter acontecido", acrescentou Trump, reafirmando o seu desejo de "reabrir o país".
Nas mesmas declarações, o Presidente norte-americano explicou porque desistiu de acabar com a célula de crise que foi criada para organizar a resposta a nível do governo federal face à pandemia do novo coronavírus.
"Não tinha percebido quão popular era a célula de crise", afirmou Trump, admitindo mesmo que a equipa possa vir a ser reforçada com mais "duas ou três" pessoas.
"É muito apreciada pela opinião pública", insistiu.
Na terça-feira, o vice-Presidente norte-americano, Mike Pence, que lidera a célula de crise contra o coronavírus criada pela Casa Branca, indicou que esta equipa seria desmantelada nas próximas semanas e que a abordagem à crise iria ser gerida pelos vários departamentos (ministérios) que compõem a administração norte-americana.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias France-Presse (AFP), a pandemia de covid-19 já provocou mais de 257 mil mortos e infetou quase 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.