A maior parte dos casos está relacionada com comerciantes e consumidores de bebidas alcoólicas detetados em locais públicos, disse o porta-voz da polícia moçambicana, Orlando Modumane, citado pela Rádio Moçambique.
Orlando Modumane admitiu, contudo, casos de excesso de zelo por parte das autoridades moçambicanas.
"Assumimos que houve algumas atuações esporádicas que configuraram excesso de zelo profissional por parte de alguns agentes, casos esses que foram rapidamente corrigidos e alguns indivíduos foram responsabilizados", disse Orlando Mudumane.
Segundo o responsável policial, no primeiro período do estado de emergência, que vigorou entre 01 e 30 de abril, foram detidas 869 pessoas e mais 30 neste segundo período, além da apreensão de 27 viaturas por violação das normas.
Moçambique vive em estado de emergência desde 1 de abril e até final de maio, com espaços de diversão e lazer encerrados, proibição de todo o tipo de eventos e de aglomerações, recomendando-se a toda a população que fique em casa, se não tiver motivos de trabalho ou outros essenciais para tratar.
Durante o mesmo período, há limitação de lotação nos transportes coletivos com obrigatoriedade do uso de máscaras faciais, as escolas estão encerradas e a emissão de vistos para entrar no país está suspensa.
O país conta com um total de 81 casos positivos de covid-19, sem vítimas mortais.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 263 mil mortos e infetou cerca de 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.