"news_bold">"Neste verão, não teremos de continuar nas varandas e a beleza de Itália não permanecerá em quarentena. Poderemos ir ao mar, às montanhas e desfrutar das nossas cidades", disse Conte numa entrevista hoje publicada pelo jornal Corriere della Sera.
Itália iniciou a sua fase de desconfinamento na passada segunda-feira, com a reabertura de algumas atividades, depois de ter sido um dos países europeus mais afetado pela pandemia de covid-19, tendo registado até agora mais de 200.000 casos de contaminação e mais de 30.000 mortes.
"Seria bom que os italianos passassem as suas férias em Itália, mesmo que tenhamos de o fazer de maneira diferente, com regras e precauções. Aguardamos a evolução do quadro epidemiológico para fornecer indicações precisas sobre datas e horários", explicou o primeiro-ministro.
Giuseppe Conte não descarta acelerar o fim das medidas de contenção da propagação do novo coronavírus em algumas regiões de Itália, onde a curva de contágio está mais controlada.
"Se a nível epidemiológico a situação permanecer sob controle, podemos avançar com a reabertura mais rápida de algumas regiões. O importante é agir com base na monitorização contínua, porque pagaríamos custos enormes se cometêssemos imprudências", sublinhou o primeiro-ministro.
Nesse sentido, o presidente da região da Ligúria (no norte), Giovanni Toti, pediu ao Governo para poder gerir o fim do confinamento da sua área e, hoje, sugeriu que cabeleireiros e centros de beleza possam abrir em 18 de maio .
Conte também mencionou na entrevista ao jornal Corriere della Sera o retorno às escolas a partir de setembro, depois de a ministra da Educação italiana, Lucia Azzolina, propôr que metade dos estudantes comparecesse presencialmente às aulas, enquanto a outra metade seguisse as lições 'online', para evitar aglomerados.
"O regresso às salas de aula deve ser gerido de maneira uniforme em todo o território nacional. Estamos a trabalhar com a ministra Azzolina em várias soluções para que todos os alunos regressem à escola em setembro, com segurança", disse o primeiro-ministro.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 276 mil mortos e infetou mais de 3,9 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.