Autoridades sanitárias guineenses pedem isolamento de Bissau

O presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública da Guiné-Bissau, Dionísio Cumba, pediu hoje o isolamento da capital do país, Bissau, por ser o principal foco de infeção.

Notícia

©

Lusa
10/05/2020 19:22 ‧ 10/05/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

Na conferência de imprensa diária sobre a evolução do novo coronavírus no país, o médico guineense e coordenador do Centro de Operações de Emergência de Saúde (COES) pediu às autoridades políticas para isolarem a cidade de Bissau, por ser, a par das localidades de Cumura e Bor, nos arredores da capital, principal foco da infeção.

O médico defendeu que os casos de infeção pela covid-19 vão continuar a aumentar "porque a maioria de guineenses ainda não está a levar à serio a doença".

Em declarações à Lusa, no sábado, Dionísio Cumba já tinha defendido o prolongamento do estado de emergência no país, que termina segunda-feira, e a imposição de medidas mais restritivas.

O COES elevou hoje para 726 os casos registados com infeção por covid-19 no país.

Nas últimas 24 horas foram registados mais 85 casos positivos, elevando para 726 o número de infeções registadas, incluindo 26 recuperados e três mortos.

Dionísio Cumba explicou que a "situação tende a agravar-se".

O médico disse também que há 16 pessoas internadas no Hospital Nacional Simão Mendes, principal unidade hospitalar do país, cinco das quais estão em estado grave e a necessitar de oxigénio induzido.

Para fazer face ao novo coronavírus, as autoridades guineenses encerraram também as fronteiras, serviços não essenciais, incluindo restaures, bares e discotecas e locais de culto religioso, proibiram a circulação de transportes urbanos e interurbanos e limitaram a circulação de pessoas ao período entre as 07:00 e as 14:00 horas.

O Presidente guineense poderá prolongar o estado de emergência, que termina segunda-feira, e impor medidas mais restritivas devido ao aumento de casos no país.

O número de casos da covid-19 em África ultrapassou hoje os 60 mil e 2.223 pessoas morreram em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (726 casos e três mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (439 e quatro mortos), Cabo Verde (246 e duas mortes), São Tomé e Príncipe (212 casos e cinco mortos), Moçambique (91) e Angola (43 infetados e dois mortos).

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 279 mil mortos e infetou mais de quatro milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas