Depois de ter anunciado este domingo um plano para levantar algumas restrições no Reino Unido, Boris Johnson, divulgou esta segunda-feira um documento de 50 páginas deste plano e com as regras para o desconfinamento. Alguns críticos alertaram para o perigo do aumento de casos de Covid-19 com certas medidas, como, por exemplo, o encorajamento para que quem não pode trabalhar a partir de casa regresse ao seu local de trabalho.
No documento, o primeiro-ministro britânico defende a decisão de levantar algumas medidas restritivas argumentando que "uma abordagem 'risco zero' não vai resultar", adianta a Sky News.
Boris Johnson acrescenta ainda que o governo precisava de ter um plano para o "pior cenário possível", um cenário em que os cientistas não conseguem desenvolver uma vacina para a Covid-19.
"É claro que a única solução viável a longo prazo é uma vacina ou um tratamento. Mas enquanto esperamos por um avanço, a esperança não é um plano. A vacinação em massa ou um tratamento podem distar mais de um ano. Na verdade, no pior cenário possível, podemos nunca encontrar uma vacina", sublinhou o líder britânico.
Downing Street refere que o seu plano admite a possibilidade de "ficarmos nesta situação a longo prazo".
No mundo inteiro, há dezenas de vacinas e tratamentos para a Covid-19 a serem desenvolvidos. Uma das hipóteses que gerou mais otimismo foi a de um vacina que está a ser desenvolvida por uma equipa de investigadores da Universidade de Oxford e da farmacêutica AstraZeneca, e que poderá chegar ao mercado em setembro.
Mas vários especialistas têm advertido que é pouco provável que qualquer destas vacinas a serem desenvolvidas fiquem disponíveis em menos de um ano ou um ano e meio.