Franco Mufinda, que falava hoje em Luanda durante o balanço epidemiológico diário, adiantou que se trata do bairro Hoji Ya Henda, onde reside um cidadão da Guiné-Conacri, conhecido como 'caso 31', que regressou no dia 17 de março de Portugal.
O bairro Hoji Ya Henda junta-se assim a outras duas áreas de Luanda onde foram identificados casos de transmissão local do vírus, associado ao 'caso 26', o Futungo de Belas (Talatona) e o Cassenda (Maianga) onde já foram erguidas cercas sanitárias.
Serão, desta forma, controladas cerca de três mil pessoas, tendo sido 90 levadas para quarentena institucional.
O número total de cidadãos em quarentena institucional ascende a mais de 900.
O secretário de Estado adiantou que não foram registados novos casos nas últimas 24 horas, mantendo-se 45 casos positivos, com 30 doentes estáveis, 13 recuperados e dois óbitos.
Foram processadas até ao momento 5.704 amostras, das quais 45 com resultados positivas e 5.354 negativas, estando em processamento 305 amostras.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 282 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
O número de mortos da covid-19 em África subiu hoje para os 2.290, com mais de 63 mil infetados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (761 casos e três mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (439 casos e quatro mortos), Cabo Verde (260 casos e duas mortes), São Tomé e Príncipe (212 casos e cinco mortos), Moçambique (103 casos) e Angola (45 infetados e dois mortos).