EUA: "Se pensam que está completamente controlado, não está", diz Fauci
O principal conselheiro da Saúde da administração Trump alerta para o perigo de ressurgimento do surto, se forem descontinuadas as medidas de proteção.
© Getty Images
Mundo EUA
Anthony Fauci, o principal conselheiro da administração de Donald Trump para a pandemia, foi esta terça-feira a ser ouvido por teleconferência por um comité do senado, onde foi questionado sobre a resposta do governo à pandemia do novo coronavírus.
O epidemiologista de 79 anos de idade, que tem mostrado sempre concordância com Donald Trump - embora, corrigindo, muitas vezes, as suas afirmações -, afirmou que o país não tem ainda "controlo total" sobre a pandemia do vírus SARS-CoV-2.
"Se pensam que está completamente controlado, não está", respondeu Fauci a uma pergunta da senadora Elizabeth Warren. "Se olharem para a dinâmica do surto, vemos uma diminuição de hospitalizações e casos de infeção em alguns lugares - como Nova Iorque, que entrou em planalto e começou a descer - mas noutras partes do país há picos", disse.
Dr. Anthony Fauci: "If you think that we have it completely under control, we don't." pic.twitter.com/eB7WSIYjS7
— The Hill (@thehill) May 12, 2020
O principal conselheiro da Saúde, e um dos mais renomados epidemiologistas do país, tendo entrado para a Casa Branca em 1984, admitiu que, embora os EUA estejam "na direção certa", isso não significa que o pior já passou. "A direção certa não significa, de forma alguma, que temos controlo total sobre o surto".
Fauci foi mais longe e advertiu que se não houver uma resposta "adequada" até ao outono, devem esperar-se mais mortes e mais casos de infeção. "Há o risco de um ressurgimento. Eu espero que por altura do outono já tenhamos mais do que suficiente para responder de forma adequada, mas se não tivermos, irá haver um problema".
Tina Smith, senadora democrata do Minnesota, foi a única a perguntar ao responsável pelo grupo de trabalho para a pandemia algo mais pessoal. "Como é que se sente e como está a aguentar?", questionou.
"Estou muito bem, senadora, muito obrigado por perguntar", começou por responder. "Isto é um problema muito importante. Transcende cada um de nós, individualmente, a estamos a trabalhar em equipa. Eu gosto muito de trabalhar com os senadores e os governadores, porque ao nível local que vamos obter resultados. Portanto, estou bem. Obrigado pela preocupação".
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