A operação ocorre quase um mês após o aparecimento, em 10 de abril, de 20 casos no campo Néa Smyrni, perto de Larissa, a 354 km de Atenas, onde mais de 2.000 ciganos moram em pequenas casas.
O local foi colocado em quarentena por duas semanas para precaver mais contágios, mas, na terça-feira, as autoridades anunciaram "10 novos casos, sete dos quais na mesma família", disse o assessor de imprensa da câmara municipal de Larissa, Aris Psyhas.
Alarmados com o surgimento destes novos casos, as autoridades de saúde decidiram realizar testes "em massa" entre a população cigana da região, algumas das quais poderão ser colocadas em quarentena novamente.
Desde abril, "um total de 60 pessoas deste bairro já testaram positivo para a covid-19 e foram isoladas numa clínica particular em Larissa", adiantou Aris Psyhas.
O assessor do município lembrou que um homem de etnia cigana de 50 anos morreu há 10 dias, enquanto uma mulher de 72 anos teve de ser ventilada no hospital de Larissa.
Menos afetada do que os seus parceiros europeus, a Grécia regista 152 mortes por covid-19 e 2.744 casos de infeção em todo o país.
Segundo país europeu, depois de Itália, com população mais envelhecida e com um sistema hospitalar enfraquecido após a crise da dívida soberana, no início da década passada, a Grécia adotou medidas precoces de restrição de tráfego para conter a propagação da pandemia.
Após seis semanas de confinamento geral, o "regresso gradual ao normal" começou, segundo as autoridades, em 4 de maio, com a abertura do pequeno comércio. As universidades, escolas secundárias e locais de escavações arqueológicas serão reabertos em 18 de maio, antes da retoma de restaurantes, cafés e bares, em 1 de junho.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 290 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (82.246) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,3 milhões).
Seguem-se o Reino Unido (32.692 mortos, mais de 226 mil casos), Itália (30.911 mortos, mais de 221 mil casos), Espanha (27.104 mortos, mais de 228 mil casos) e França (26.991 mortos, mais de 178 mil casos).