Os epidemiologistas receiam há vários meses uma onda de contágios do novo coronavírus nos imensos centros de refugiados instalados no sul do Bangladesh, onde membros dessa minoria muçulmana se refugiaram para fugir às perseguições de que foram alvo no vizinho Myanmar (antiga Birmânia).
Duas pessoas testaram positivo ao novo coronavírus no interior dos centros de refugiados e foram colocadas em quarentena, afirmou o coordenador sanitário local, Abu Toha Bhuiyan.
As autoridades do Bangladesh reforçaram, entretanto, as medidas de prevenção e indicaram que vão multiplicar o número de testes.
Um dos dois infetados é um refugiado rohingya e outro um habitante local que vive próximo dos centros, precisou, por seu lado, um porta-voz da OMS.
Os campos de refugiados rohingyas, situados no distrito meridional de Cox's Bazar, estão isolados do mundo desde o início de abril, com as entradas e saídas dos centros reduzidas ao mínimo vital.
As autoridades de Daca obrigaram as organizações humanitárias internacionais presentes no terreno a reduzir em 80% o pessoal que as integra.
Atualmente, o Bangladesh contabiliza perto de 19.000 casos confirmados de associação à covid-19, de que resultaram 283 mortes, números que, segundo especialistas, estão muito abaixo da realidade.
O confinamento no Bangladesh está em vigor desde 26 de março passado.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 297 mil mortos e infetou mais de 4,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.