Assassínios no Brasil sobem 11% durante primeiros impactos da pandemia

O Brasil teve um aumento de 11% no número de assassinatos em março, quando o país já sofria os primeiros impactos da pandemia provocada pelo novo coronavírus, informaram hoje 'media' locais.

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Lusa
25/05/2020 16:28 ‧ 25/05/2020 por Lusa

Mundo

Crimes violentos

Segundo um levantamento realizado mensalmente pelo portal de notícias G1, em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, houve 4.146 mortes violentas no país em março de 2020.

No mesmo mês de 2019, o Brasil registou 3.729 assassínios, dados que confrontados com os resultados deste ano indicou o crescimento deste tipo de crime violento no país.

De janeiro a março, ocorreram 11.908 assassínios no Brasil contra 10.924 em 2019, dado que mostrou uma subida de 9% deste tipo de crime no país sul-americano.

O aumento do número de assassínios registado este ano vai na contramão de 2019, quando o Brasil registou uma queda de 19% no número de mortes violentas.

No ano passado, o Brasil registou 41 mil vítimas de crimes violentos, o menor número desde 2007, ano em que o Fórum Brasileiro de Segurança Pública passou a recolher os dados.

Em março vários estados e cidades brasileiras começaram a decretar medidas de isolamento social como o fecho do comércio e dos serviços não essenciais para tentar deter a proliferação do novo coronavírus.

O Brasil, o segundo país do mundo com o maior número de infeções por covid-19, registou um total de 363.211 casos e 22.666 mortes provocadas pelo novo coronavírus, segundo dados atualizados pelo Ministério da Saúde no domingo.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou quase 345 mil mortos e infetou mais de 5,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,1 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

 

CYR // LFS

Lusa/Fim

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