"Perante um ataque contra a comunidade que o acolheu, um português interveio e acabou por perder a vida, em França. A sua valentia, que lhe custou a vida, poderá ter salvo tantas outras", escreveu Luís Montenegro na sua conta oficial na rede social X (antigo Twitter).
Na mensagem, o chefe do Governo português deixou "sinceras condolências aos familiares e amigos --- e toda a solidariedade ao povo francês".
Perante um ataque contra a comunidade que o acolheu, um Português interveio e acabou por perder a vida, em França. A sua valentia, que lhe custou a vida, poderá ter salvo tantas outras. Deixo sinceras condolências aos familiares e amigos — e toda a solidariedade ao povo francês.
— Luís Montenegro (@LMontenegropm) February 22, 2025
Esta tarde, na cidade francesa de Mulhouse, um homem matou com uma faca uma pessoa, de nacionalidade portuguesa, e feriu três polícias municipais, antes de ser detido, à margem de uma manifestação de apoio à República Democrática do Congo.
Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, o cidadão português, de 69 anos, morreu quando se colocou entre os polícias e o atacante com uma faca em Mulhouse, perto da fronteira com a Alemanha.
"Um cidadão português de 69 anos que se encontrava no local ter-se-á interposto entre os polícias e o atacante, tendo sido esfaqueado e morto", disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros à agência Lusa, acrescentando que ficaram feridas outras cinco pessoas, incluindo os polícias, dois deles feridos graves.
De acordo com a Procuradoria de Mulhouse, durante a investida, o indivíduo que atacou gritou "Allah Akbar" (em árabe, "Alá é grande").
Vários meios de comunicação, citando o procurador de Mulhouse, revelaram que o agressor tem 37 anos, é um estrangeiro referenciado por risco de terrorismo e já foi alvo de uma ordem de expulsão de França.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, considerou não haver dúvida de que o ataque com uma arma branca em Mulhouse, que provocou um morto, foi um "ato de terrorismo" e "islâmico".
Macron, que visitava a Feira Agrícola de Paris, expressou "a solidariedade da nação para com a família" da vítima mortal e enfatizou "a determinação do Governo" e de si próprio em "continuar com o trabalho que tem sido feito desde há oito anos para erradicar o terrorismo" do território.
O chefe de Estado indicou que o ministro do Interior, Bruno Retailleau, irá deslocar-se ao local e "falará à noite para dar detalhes do processo".
Leia Também: Português de 69 anos morre após "intervir" em ataque com faca em França