Numa altura em que o número de casos de Covid-19 no Quénia está aumentar rapidamente, o presidente do país africano, Uhuru Kenyatta, repreendeu publicamente o seu filho por ter violado o recolhimento obrigatório em vigor em Mombasa, a segunda maior cidade do Quénia, revela a Associated Press. O presidente considerou que a atitude do filho pôs em perigo a saúde da avó.
Mombasa é um dos pontos do Quénia onde estão a ser registadas mais infeções e foi imposto um recolher obrigatório quando começa a anoitecer.
Uhuru Kenyatta confidenciou aos meios de comunicação locais que perguntou ao seu filho se seria capaz de viver com as consequências das suas ações, caso a avó contraia o SARS-CoV-2.
O presidente acrescentou que, embora o governo esteja a avaliar aligeirar as medidas de confinamento, todos devem comportar-se com responsabilidade.
Ao contrário do filho do presidente, outros que violaram o recolhimento obrigatório não escaparam apenas com uma repreensão. Segundo o ativista de direitos humanos do Dandora Community Justice Center, Wilfred Olal, pelo menos 18 pessoas foram mortas pela polícia queniana por violarem o recolhimento obrigatório.
O Ministério da Saúde do Quénia anunciou esta quarta-feira que, no total, já foram detetados 1.618 casos de contágio e que 58 pessoas morreram. Mais de 400 pessoas recuperaram da Covid-19 no Quénia.