Adesina, antigo ministro da Agricultura da Nigéria, pretende um segundo mandato como chefe da instituição financeira.
Numa reunião em Abuja, Buhari garantiu a Adesina que "o apoiaria fortemente", refere um comunicado publicado pelo gabinete do Presidente nigeriano e citado pela agência France-Presse (AFP).
"O Presidente [Buhari] prometeu que a Nigéria trabalhará com todos os funcionários e acionistas do BAD para permitir que Adesina seja eleito para um segundo mandato, com base no seu histórico", acrescentou a presidência.
A Nigéria é o maior acionista do BAD e Adesina é o primeiro nigeriano a liderar a instituição desde a sua criação, em 1964.
O presidente do BAD foi acusado por um grupo de denunciantes, funcionários do banco, de entregar contratos a conhecidos e de nomear parentes para posições estratégicas no BAD, o maior banco multilateral africano, e privilegiar os seus conterrâneos nigerianos.
Depois de examinar as alegações "ponto por ponto", o comité concluiu que "a queixa não é baseada em nenhum facto concreto e sólido", de acordo com a conclusão da investigação, que data de 26 de abril, e foi consultada pela agência de informação financeira Bloomberg.
Akinwumi Adesina, de 60 anos, é o único candidato à liderança do banco para os próximos cinco anos - a decisão deverá ser tomada numa reunião de acionistas no final de agosto -, e tem repetidamente negado as acusações de que é alvo por parte do grupo de funcionários do banco, com sede em Abidjan.
Também nas últimas semanas, o banqueiro tem recebido vários apoios, entre os quais está o do chefe de Estado da África do Sul e presidente em exercício da União Africana, Cyril Ramaphosa, e da antiga Presidente da Libéria Ellen Johnson-Sirleaf, que o elogiaram pelos esforços para garantir financiamento para o combate à pandemia da covid-19, e também do ministro das Finanças da Guiné Equatorial, César Abogo, e do representante norte-americano no BAD, Harold E. Doley Jr.
O BAD é o maior banco multilateral e tem um 'rating' de triplo A das três maiores agências de rating - Moody's, Standard & Poor's e Fitch --, tendo como acionistas 54 nações africanas e vários países fora do continente, entre os quais está Portugal e, mais recentemente, a Irlanda do Norte, que anunciou há semanas a sua entrada como acionista.