Azerbaijão volta a impor restrições devido ao aumento de casos

As autoridades do Azerbaijão anunciaram hoje uma quarentena total para o final da semana, depois de terem detetado um aumento dos casos de covid-19 no país.

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Lusa
03/06/2020 19:33 ‧ 03/06/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

"Está previsto limitar totalmente a mobilidade desde a tarde de sexta-feira até domingo de manhã, proibir a saída em transportes públicos ou privados, fechar as lojas e limitar o trabalho", informou o porta-voz do Gabinete de Ministros, Ibrahim Mamédov, durante uma conferência de imprensa transmitida pela televisão estatal.

O porta-voz explicou que a decisão foi tomada devido a um aumento de novos casos e ao não cumprimento das recomendações de saúde por parte dos cidadãos.

"O que se destaca sobretudo é o não cumprimento do regime de quarentena por parte dos cidadãos. Nos centros comerciais, no metro, as pessoas não cumprem os regulamentos da quarentena. Por isso, mais uma vez, é necessário parar o processo de desconfinamento e aplicar novas restrições", afirmou.

Mamédov acrescentou que hoje o centro operacional informará em pormenor quais serão as limitações a impor.

O chefe da Direção Territorial das Unidades Médicas, Ramin Bayramli, sublinhou que se trata de uma medida ditada pelas circunstâncias.

"Infelizmente, após o desconfinamento, muitos deixaram de respeitar o distanciamento social e de utilizar meios de proteção das vias respiratórias. Isto provocou um repentino aumento do número de casos. Agora, a diferença entre as pessoas infetadas e as que receberam alta é superior a 200", frisou.

Esta medida, segundo o representante médico, será posta em prática na chamada "zona laranja": Baku, Sumgait, Gandzha, Lenkoran e na região de Apsheronsk.

Durante as últimas 24 horas no Azerbaijão, foram detetados 325 novos casos e cinco pessoas morreram, elevando o número total de infeções para 6.260 e o número de mortes para 76.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 380 mil mortos e infetou quase 6,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,7 milhões de doentes foram considerados curados.

 

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